Existe um bar no Canadá que serve bebida com um dedão humano no copo
Sabe essas coisas que a gente lê pela internet e pensa que não pode ser verdade? Esse não é o caso do título acima! O que ele descreve é real: existe um bar no norte do Canadá onde os clientes podem beber um shot de whiskey com um dedão humano dentro do copo. Dedão do pé. De verdade. De carne e osso. Ficou com nojinho? Assustado com esse estranho canibalismo etílico?
Dê só uma olhadinha!
Pois dizem que as pessoas fazem fila para ter a chance de tragar uma golada da bebida, ter o tal dedão na boca e cuspi-lo de volta no copo ou devolvê-lo ao “Capitão do Dedão” — para que o próximo da vez tenha a oportunidade de (pelo menos) tocar a iguaria com os lábios! E onde diabos fica esse bar? No Downtown Hotel, em Dawson City, uma cidadezinha de pouco mais de 2 mil habitantes (e que recebe cerca de 60 mil turistas por ano) que fica no território de Yukon.
Shot canibalístico
De acordo com Jacqueline Ronson, do site Inverse — que visitou o pitoresco local e bebeu um shot! —, reza a lenda que o costume de tomar whiskey com um dedo humano começou há cerca de um século, quando um cara da região chamado Otto Linken amputou o dedão do pé de seu irmão (perdido por congelamento) e decidiu mantê-lo preservado em álcool, possivelmente rum.
Contudo, por alguma razão, a história acabou se popularizando nos anos 70 e, desde então, milhares de turistas vão até o Downtown Hotel todos os anos bebericar o whiskey batizado com o dedão. E seria esse dedão o mesmo que foi amputado há um século? Não! Existem pessoas pra lá de generosas que, por conta da grande demanda, doam seus dedões. Aliás, segundo Jacqueline, há alguns dias roubaram (ou engoliram?) um deles.
Você deve estar cheio de perguntas sobre esses dedões, certo? Dedos humanos que passam pela boca de todo mundo e que ficam por aí em copos de bebidas… Como as autoridades de vigilância sanitária não proíbem uma coisa dessas? A ingestão do álcool batizado pode trazer algum à saúde? E esses dedos doados (doados!), passam por algum tipo de controle ou preparação? Tipo assim… Estamos falando de um dedão humano, minha gente!
Presuntinhos
Segundo Jacqueline, diferente do dedão original — que foi amputado por conta do congelamento e simplesmente jogado em um pouco de álcool —, os dedões doados são preservados e armazenados em sal, um método que, como você deve saber, é usado há milênios para preservar alimentos e inclusive já foi empregado na mumificação de seres humanos.
No caso dos dedões, o que acontece é que o cloreto de sódio remove a umidade dos tecidos e, portanto, os patógenos que poderiam fazer mal aos humanos não conseguem se proliferar e sobreviver. Geralmente, os dedões doados ficam curando no sal por seis meses antes de ir para os copos — já que, de acordo com o “Capitão do Dedão”, esse é o tempo necessário para tornar a carninha salgada o suficiente para desencorajar o consumo, mas segura em caso de acidente.
Na verdade, segundo Jacqueline, existe mais perigo em contrair algum germe depois de compartilhar o mesmo dedão com tantos companheiros de bebedeira. O ritual completo consiste em recitar uma espécie de promessa, mandar o whiskey para dentro, deixar que o dedo toque os lábios e, por último, devolver o membro ao Capitão do Dedão para que ele seja colocado em sal — à espera do próximo da fila.
Só que, como são muitos os interessados em beijar o dedo, ele nunca fica tempo suficiente no sal para eliminar possíveis microrganismos. Talvez sirva de consolo saber que a bebida na qual ele é colocado — o Yukon Jack — tem um teor alcóolico de 40%, então, é possível que ela aniquile um que outro micróbio.
Além disso, segundo Jacqueline, mais de 100 mil pessoas já provaram o drink (chamado em inglês Sourtoe Cocktail) e, até onde se sabe, ninguém morreu depois de beber. E, caso você tenha ficado interessado, cada dose sai por US$ 5 — ou pouco mais de R$ 16. E aí, caro leitor, você provaria essa bebida?